sexta-feira, 24 de junho de 2011

Pedal e Fé II - Santana do Parnaíba.

Feriado e Festa de Corpus Christi, o Corpo de Cristo. Uma festividade do calendário católico comemorada desde o ano de 1269.

Por nossas bandas, principalmente em cidades históricas, tem-se o costume de ornamentar as ruas por onde a procissão com o Senhor passa, com um tapete colorido formado por serragem e areia colorida. Em São Paulo, para desconhecimento de muitos, tem-se bem pertinho da Capital uma cidade muito antiga e de muita importância histórica: o Berço dos Bandeirantes, Santana do Parnaíba.

E é para lá que o Pedalare! foi, com seu ciclo-jornalismo, para conhecer essa festividade ímpar, que deve ser apreciada ecumênicamente dada sua beleza impressionante.
________________________________________________________________________________

Muitos pedalarianos não puderem estar presentes, por outras viagens ou parada no estaleiro por gripes mal curadas, mas três fizeram o pedal-peregrino: Isabel, Darcio e Carlos e é deles o relato a seguir.

A partida se deu na cidade de Barueri.


Isabel, ainda vestida para pedal na Cordilheira dos Andes, encara o primeiro subidão... Haja fôlego e perna!...



... Mas o calor chega rápido e o strip tease começa...rrr


Olha a mesma paisagem que se descortinava aos bandeirantes nas manhãs de junho.


Bom ficar juntinho ao meio-fio que o tráfego é pesado.


As belas paisagens se sucedem.


E o grupo segue firme pela Estrada dos Romeiros...


Aproveitando a beira de rio fantástica!...


... E as ladeiras: uau! essas eram cruéis.


Vencido o ladeirão, o sorriso da vitória!


- Que povo estranho, sô! Parece gente de folia de Santo-Rei! - Entre dentes, o ruminativo avalia.


Pausa para o lanchinho e a mini-sesta...rrr


Como não poderia faltar em estrada de peregrinos, a capelinha vigia os passantes no lugar de alguma morte da qual já se perdeu a lembrança...


Carimbada mais uma folha do ciclo-passaporte: chegamos!


Ops! que recepção: nova subida!

No cimo do outeiro, a Igreja Matriz.


Gente, não se canse: a partir de agora será um espetáculo de serragem e areia...rrr


Este é o primeiro trecho do tapete, saindo da Matriz em direção à parte baixa da cidade.


Vista panorâmica do adro da Matriz.


Todos os "moradores" da cidade saudando a entrada triunfal do Pedalare!



O grupo de ciclistas que encontramos é de Barueri e também enfrentou os 7 ladeirões: Thiago, Bruno e Diogo.


Cada cena desse mosaico construído nas ruas fica a cargo de um grupo de moradores, geralmente familiares que fazem ginástica para terminar a tempo e com capricho.


Mas sempre sobra um tempinho para o descanso na praçinha.


A Igreja Matriz.


No lugar onde se respira história de bandeirantes, não poderia faltar a bandeira paulista.


O casario empolga como se voltássemos no tempo a cada virada de esquina.



Cada peça do mosaico de serragem é uma obra de arte por sí só.


- Burkas... Olha as burkas baratinhas!...

Mas o que é isso? esta não é uma festa cristã?....rrrr


A luz brinca com as cores das fachadas e das ruas.


Aí, Darcio: você está em boa companhia...rrr


O que garante a continuidade da tradição é a passagem das técnicas de avós, pais, para os mais jovens...



... De pequena é que se aprende...rrr...


O artesão colocou um Cristo de barro em sua parte.


O fotógrafo de câmera pin-hole (furo de alfinete) tricota com o Darcio, suas técnicas.

Essa é a chamada "câmera escura", feita com uma lata qualquer (à direita, na foto) que, com um furo muito pequeno (o furo de alfinete) funcionando como lente, sensibiliza um filme fotográfico  no interior dela.


Oba! pausa para dois pastéis: um de queijo...



... E um de carrrnnnne....rrrr



Os ateliês são comuns nas ladeiras da cidade; um mais charmoso que o outro.


Olha o fantasma!...rrrr


Este techo tem motivos geométricos.


- Olha o passarinho!...rrr


A sombra providencial de um pergolado, para falar mal da vida alheia...rrr


- Flanelinha, 10 "real".... Flanelinha, 10 "real"... rrrr


Um "cine-teatro" - há muito que não via um desses...


Mais um plano do tapete.


E outro.


A recepção calorosa de uma cabrocha nativa. Deixa a patroa saber disso, Darcio...rrr


Caminhávamos tranquilos pela cidade: as bicicletas ficaram estacionadas nesse local por muito tempo, enquanto fotografávamos... E nada de sumiço.


Túnel do tempo: uma padaria à moda antiga.


Vencidas as montanhas, na volta, já em Barueri, pausa para o tradicional cafezinho pedalariano.


Olha, o café expresso da Padaria Central de Barueri é dos mais saborosos que já tomamos!


Acabou!...

O cansaço toma conta do corpo, mas não é um cansaço de fadiga, desgastante. É daquela modalidade que nos deixa felizes por termos dispendido energia em algo que nos dê prazer; que faz com que o dia tenha sentido e que ansiemos por nova oportunidade de pedalar e conhecer novas pessoas.

2 comentários:

  1. Olha, vocês não param nunca hehe, parabéns pela força e pelo compartilhamento do pesseio, adorei, Bjos. Paty

    ResponderExcluir