São Paulo camaleônica.
A cidade, em algum momento de sua história, entendeu que sua missão era transformar-se sempre, procurando sempre integrar o novo à paisagem e mentes, não se apegando ao passado. Talvez essa seja a característica que mais atraiu e cativou migrantes e imigrantes: a cidade aceita toda sugestão de mudança - todos podem reproduzir as lembranças de seus locais de origem, pois a plasticidade de suas ruas as acolhe.
Mas, há um quadrilátero bem próximo do centro que guarda exemplos de arquitetura do século XVIII para cá: o Bairro da Luz. Nele, a alma paulista repousa e se mostra tranquila para quem dela queira descobrir os segredos desta cidade-espelho: ao mirar-se nela, o que vemos refletido somos nós mesmos; nossas esperanças e desejos.
A cidade se permite ser cada um de nós...
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Que felicidade, ein, Darcio? Chegou o domingão e, com ele, os passeios do Pedalare!
Próximo ao Mercadão, a Rua Santa Rosa guarda belezas art nouveau.
Essa rua - e as do seu entorno - são inebriantes nos seus perfumes. Os temperos de todos os tipos, comercializados, se misturam, predominando, nas calçadas, o alho e as cebolas. Pena que a fotografia ainda não tenha odor...
Sim! Com essa qualidade só nele...
... Mercadão, novamente...rrrr
E o cafezinho, Genésio, muito bom (apesar de não ser melhor que o da Padaria Tom e Jerry!)...rrr
Já no Bairro da Luz, um dos marcos do desenvolvimento de São Paulo: o Liceu de Artes e Ofícios. Aqui a antiga entrada da escola.
Diana, a Caçadora, devia mexer com os hormônios dos jovens artistas do início do século passado...rrr
Igreja de Santo Expedito: quem tiver uma causa justa e urgente é com ele mesmo!
Magnífica e acolhedora desde a primeira missa dominical, às 7h00.
As instalações mais antigas da Polícia Militar são nesta região.
Aqui é a da Cavalaria Montada: o odor já é de outra natureza ...rrrr
Muitos nem sabem, mas no Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, um exemplo da arquitetura colonial do séc. XVIII, além do local de reclusão das Irmãs Concepcionistas que vivem em regime de clausura, encontra-se a Igreja onde se venera São Frei Galvão e o belíssimo Museu de Arte Sacra.
Da série: acredita que essa cena é possível no centro de Sampa?
As réplicas dos Profetas, de Aleijadinho, fazem parte do acervo do museu.
Fachada da Igreja.
No lado interno da fachada, a composição simbólica nos alerta que a mensagem de Cristo somente ganhará toda a Terra (cruz no interior do círculo), se houver a união do caráter eterno da Sua palavra, guardado pela Igreja (o braço com batina), ao trabalho secular do homem (o braço nu).
Painel de azulejos representando São Frei Galvão.
O altar principal, com a representação dos diferentes círculos do Céu.
Por esta janela, em treliça, as Irmãs Concepcionisas podem assistir a missa sem serem vistas...
O mesmo se dando nas janelas de seus quartos: elas vêem o mundo, mas o mundo não as vê.
Da série "eu tive a manha"!...rrr
Na época da ditadura tirar uma foto em frente ao Batalhão Tobias de Aguiar, nem pensar...
Eis o porquê do nome de Bairro da Luz.
Nesse local foi instalada a primeira usina de força da cidade, aquela que trouxe a "luz eléctrica" para os paulistanos, daí para o nome de Bairro da Luz foi questão de tempo...
... Hoje dela só resta a chaminé...
... Que ainda guarda a marca das balas de canhão da Revolução Paulista de 1924, o maior conflito bélico ocorrido na cidade.
A Pinacoteca de São Paulo, majestosa.
- Darcião, vai casar de novo?...rrr
Início da Rua São Caetano, a Rua das Noivas (Ops! E dos noivos, madrinhas, padrinhos, daminhas,...rrr).
Isto é uma maravilha: a Vila dos Ingleses.
São 28 casas destinadas a moradia dos engenheiros ingleses que trabalhavam na ferrovia São Paulo Railway, contruida em 1915, no estilo vitoriano dos suburbios ingleses.
O conjunto foi tombado e está perfeito: de volta para o passado!...
Sossego...
... Beleza.
- Olha o Pedalare! em foto tirada na pedalada a Londres... rrrr
Até que poderia enganar, não é? Não? Tá certo, os elementos florais denunciariam se fosse um daqueles jogos de Sete Erros... Mas, só eles...rrr
Starway to heaven...
Olha que panorâmica: Estação da Luz e Pinacoteca.
O contraste desta intervenção, à esquerda da cena anterior, só valoriza a vocação de polo artístico da cidade.
Ah, não acredito: o pessoal dos carros antigos invadiu, novamente, nossa Gran Feira de Bicicletas antigas?...rrr
Os mais antigos devem lembrar; não parece o veículo espacial da Família Robinson, da série de TV Perdidos no Espaço?...rrr
Ufa, bikes, enfim!...rrr
E tem até patinete de madeira, para os mais saudosistas...
... Que é o que não falta..rrr
Bicicleta para todas as idades.
E encerramos com a foto do saudosista-mór, o Carlos Paravani, um colecionador especialista em bicicletas brasileiras antigas.
Rosana, depois da conversa com ele, o Darcio já está pensando em restaurar uma Monark 10, uma Caloi Triathlon, uma....rrrr
Que Delicia de passeio Carlos, voce me proporcionou com as belissimas fotos e seu encanto pela historia da cidade além do seu otimo humor. Adorei.Fica Bem. Se Cuida.
ResponderExcluirUm forte abraço,
Muito bacana esse passeio. Parabéns pela iniciativa, pelo texto e pelas fotos.
ResponderExcluirIncrível como São Paulo guarda uma grande e bela história.
ResponderExcluirAdorei o blog!
ResponderExcluirGostei, muito interessante. Mas faltou mostrar e falar de uma vilinha que fica na travessa da rua São caetano antes da Av. do Estado que também é um patrimônio tombado e muito bonita. Gostaria de saber mais sobre!!!
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