Não, não é o Bairro da Liberdade: existe outro.
Trata-se do Parque do Carmo, onde estão plantadas 2.300 árvores, daquela que é o símbolo máximo da Terra do Sol Nascente: a sakura, conhecida por nós como cerejeira.
O Pedalare! foi praticar o hábito, provavelmente milenar, de observar a florada dessa árvore icônica, o hanami!
Em meio às alamedas, bancos e silêncios, enquanto a um só tempo observávamos os botões e as pétalas que caiam, pudemos entender um pouco mais sobre a fugacidade do tempo e da vida,
que o povo japonês tão bem compreende e ensina em sua arte e exemplo.
Este caminho que percorremos, hoje, por entre as folhas secas do parque, já foi palmilhado por um velho imigrante, responsável pela introdução do haicai no Brasil e, talvez, o maior haicaísta entre todos, Mestre H. Masuda Goga, que observando as mesmas árvores que nós, compôs:
Cerejeira em flor
contempla o velho imigrante
no Parque do Carmo.
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Estação Itaquera do Metrô.
O Timão já deu o pontapé inicial para o estádio mais moderno do Brasil!...rrrr
Para chegar à beleza das flores é preciso se sujeitar à dureza do asfalto...
No parque, apesar do inverno, algumas floradas além das cerejeiras, como a do mulungu...
... E a do manacá.
A foto abaixo venderemos para a Microsoft para substituir a proteção de tela mais comum deles...rrr
O inverno a meio faz com que tudo esteja muito seco e que as pessoas cheguem mais tarde...
Nossos heróis em pausa nas "coxilhas"...rrr
A famosa "câmera de capacete", a indefectível marca do Darcio...rrr
O parque cultiva suas próprias mudas.
Envolvida pela paisagem, a pedalariana Isabel - isso é que é solidão...rrr
Chegamos!
O Bosque das Cerejeiras.
... e em close.
Allan engole em seco, reverenciando.
São várias espécies representadas.
Como se estivessem varridas pelo vento...
... Ou voltadas para o céu.
Nos detalhes, o esplendor da beleza.
Os ramos carregados de flores e botões.
A beleza silenciosa.
Mais uma espécie...
... Que ofusca os olhos!
Uau!
Homem e natureza encontram-se neste oásis paulistano.
O banco convida para o hanami, a observação das cerejeiras...
... do brotar de suas flores cheias de vida, ao voo de morte, em direção ao chão: uma metáfora da
própria existência humana.
Imagens singulares.
Famílias em silêncio pelo gramado.
Impressiona, cada árvore em si, impressiona.
Bom, gente, voltaremos mais leves, com tanta meditação.
Pé na estrada!
A quem interessar, ainda tem-se mais duas semanas de florada...
Lindas fotos!
ResponderExcluirParabéns pessoal.
Abs,
Márcia